sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Mochilando: Santiago do Chile


Bienvenidos a Santigo! Hoje vou estrear no Sociedade das Ervilhas os relatos de viagem/desejos de viagem. Começo com a capital do Chile, cidade bem organizada, bonita e com mais de 5 milhões de habitantes. Estive lá em outubro de 2011 e essa foto acima foi uma das primeiras tiradas na metrópole, na Plaza de las Armas. Pedro (meu amor), nosso amigo Buttura, Diego (amigo do Buttura que conhecemos na chegada) e o "cachorrito" (segundo o Diegão, carioca-figura 'expert' na língua espanhola hahaha).

Centrão, lojas, muita gente, uma típica catedral em torno da praça e órgãos públicos. Primeiras impressões muito boas: limpeza e nada de fios aparecendo entre postes e poluindo o visual. Não consegui ver um só fio estampado nas ruas dessa cidade, coisa linda. Também vimos poucos mendigos, agora... "cachorritos" de rua, rs, muitos, pra todo lado!

















Foram apenas 4 dias para desbravar a cidade, na verdade 3, já que no quarto nós iríamos para o interior. Foram andanças e mais andanças, quilômetros a pé para curtir as ruas, as praças, o cotidiano local. Que bom que, apesar do sol, sempre havia um ventinho geladinho. Se fosse aqui em Cuiabá, estaríamos literalmente fritos, rs.

A primeira refeição na cidade foi no Mercado Central. Eu estava aflita para conhecer a tal da Centolla (essa coisa linda na foto ao lado). O mercado nada tem de especial, é bem pequeno, aliás, quando você compara com o Mercadão de São Paulo e alguns outros. 
Tem poucas frutas/verduras para vender, tampouco artesanatos locais. lembrou-me o de Montevidéu, tem mais restaurantes para atender os turistas e, além disso, bancas de peixe e frutos do mar, dos mais comuns aos mais estrambólicos.

Comi a minha Centolla al Ajillo, uma delicinha bem temperada e quentinha, além de um bom Ceviche. Em outra visita ao mercado comi um Salmão espetacular, puro, um filé enoooorme (Pedro teve o prazer de me ajudar a não deixar sobrar rs), simplesmente grelhado. Mas, fresquíssimo! O Chile é o segundo maior produtor mundial de Salmão, perdendo só para a Noruega. 

Percebemos muitos restaurante de comida japonesa na cidade. Assim como em Buenos Aires você vê pizza e pasta para todo lado, em Santiago vimos sushi e companhia, com precinhos ótimos. Será que é por causa do salmão fresco e barato?! rs. Enfim, também abusamos dos sashimis e sushis de salmão. Esse da foto abaixo é enrolado com abacate. Uma loucura de delícia!

Além do Mercado Central com os frutos do mar e tal, e dos sushis - que existem em qualquer lugar do mundo - eu não tive muitas experiências gastronômicas interessantes e diferentes. Queria mais comidas típicas, coisas que eu só encontrasse lá, mas não achei, talvez porque essas coisas se encontrem mais no interior, talvez porque eu tenha pedido informações às pessoas erradas, enfim. Ficamos só nos frutos do mar mesmo.


Em relação a bebidas, claro que não podíamos passar batidos pelo Pisco Sauer, que, pra mim, é a caipirinha dos chilenos. Na verdade, me disseram que o pisco original, o bonzão e tal, é do Peru. Então, nem essa bebida é genuinamente chilena, mas tá valendo. O Pisco é uma cachaça feita a partir de uva. E o Pisco Sauer é uma bebida bem batida, que leva o pisco, açúcar, caldo de limão e clara de ovo. Sim, clara de ovo, não liguem pra ela, não deixa gosto nenhum - garanto- e dá uma textura e uma espuma maravilhosas ao drink.

Graças ao Alvaro, um nativo de Santiago que morou com o Pedro na Califórnia, eu pude tomar certamente o melhor Pisco Sauer da região. Visitamos o apartamento do Alvaro e seu pai fez questão de nos preparar um caseiríssimo e tradicional drink, como manda o figurino. Ainda ganhei uma variação da bebida, feita com framboesa, amei! Foi delicioso, mas a cachacinha é danada e pega rápido. Drinks à parte, quase morremos de rir com o companheiro Diego, que, pra lá de bagdá, soltou altas pérolas em português-carioquês que a família do Alvaro certamente entendeu - ou desconfiou, rs.
  
A vista imperdível da cidade é o Cerro de San Cristóbal, para onde vc sobe através do funicular. Lá de cima, você consegue ver o quanto realmente é verdade que Santiago tem um ar horrível! Rs. A Cordillera de los Andes em volta não deixa o ar circular, a cidade é tipo Cuiabá, num buraco rs. Uma crosta de poluição paira sobre a cidade e, sim, como muitos, nós sentimos isso na respiração. Então, em alguns dias é difícil enxergar bem a cordilheira, uma pena!



Pudemos ter um ar mais fresco e gostoso caminhando no Parque Florestal, um lugar onde dá pra você deitar na grama, tirar uma soneca, descansar um pouco das andanças. Bem pertinho de lá fomos ao Museo Nacional de Bellas Artes, onde não encontramos muita coisa surpreendente. Também me impressionei mais com o Bellas Artes argentino.
Num começo de noite - que tem muito sol e cara de tarde - fomos ao bairro Bellavista, super boêmio, com muitas boates, bares, botequins, restaurantes, universidade, gente, artistas de rua, músicos e afins. Super bacana, a rua principal, a Pio Nono, tem suas largas calçadas cheias de mesas e nós andamos a rua toda e voltamos em busca de uma mesinha livre, a qual achamos em um bar cubano. Saudações ao Rafael, mineiro gente boníssima que conhecemos no hostel e se juntou a nós para este e outros programas.
Não posso deixar de citar feirinhas e galerias no bairro Bellavista, com artesanatos increíbles em cobre, coisas lindas!

Lindinho também é caminhar e topar com uma Llama pela calçada, rs! 

Dois passeios que mais me encantaram na capital chilena: La Chascona (uma das casas do imortal Pablo Neruda) e a vinícola Concha y Toro. Cada um desses passeios vai virar um outro post, para que eu possa explorar os detalhes e fotos. A visita às cidades de Viña Del Mar e Valparaíso também.

Vou indo para as "considerações finais" indicando o Andes Hostel, hospedagem super barata e bacana, além de muito bem localizada. Não troco um hostel por nenhum hotel de luxo! Adoro a integração e o intercâmbio que esse tipo de hospedagem oferece, sem perder o conforto e a limpeza, claro. É só escolher um bem recomendado!



 Na primeiro foto eu e o Pedro fomos tomar vinho no quarto dos meninos. A segunda, a sala do hostel e, a terceira, nossa foto de despedida da turma de brasucas que encontramos lá.

Algumas dicas:

- Se você quer comprar vinhos para trazer para casa, vá a um supermercado. Nas casas especializadas o preço chega a ser o dobro e em um simples supermercado você encontra ótimos vinhos com um precinho lá embaixo. Alguns rótulos que nós compramos aqui a algo entre R$ 30 e R$ 40, lá nos achamos a R$ 7, R$ 10. Dá vontade de trazer um mundo de vinho rs.

- Não saia bebendo na rua, andando com uma garrafinha na mão pelas calçadas. É proibido! Nas regiões centrais os bares e restaurantes fecham 1h, super cedo, e o Carabineros (os caras parecem ser fudidos, rs), a polícia local, faz rondas incessantes, para as pessoas, revista e tal. O sistema é bruto, rs.

- Troque apenas um pouco de dinheiro no aeroporto e deixe para ir trocando o restante em casas de câmbio no centro da cidade, você economiza uma grana fazendo isso. Mas troque algo no aeroporto sim, pois os taxistas não aceitam dólar, real ou qualquer outra coisa. Um companheiro nosso ofereceu a parte dele do táxi em dólar e o taxista simplesmente mandou "dólar não vale nada no Chile, nos só aceitamos nosso dinheiro". Bem isso, nos locais onde fomos, só peso chileno, nada de converter e aceitar outras moedas. Essa nacionalismo está estampado de outras maneiras também, ficamos impressionados com tantas bandeiras do país em janelas, sacadas, casas, carros... Acho que eles ganham até de corinthianos e flamenguistas no quesito bandeiras! rs!

- O sistema de metrô é um interessante meio de transporte em Santiago, recomendamos. O trânsito achamos meio bagunçado e os motoristas, bem estressados.

- Última e importante dica: beba muito vinho, os chilenos são bons nisso! E aproveite bem sua viagem, deixe para descansar na volta...rs.







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